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Luz, teatro e civilidade: Teatro Petra Gold

“Se você pensa que vai fazer do Rio a capital do desamor, lamento, mas tem gente brigando para o seu plano dar errado. Para eles, tem luz no fim do túnel e esta luz só pode ser do bom e velho teatro, repaginado e de bem com a vida. Sim, caro leitor amante do palco, o Rio vai reinaugurar uma nova casa com um astral nunca antes visto por aqui: dia 07 de junho, entra em cena o Teatro Petra Gold.

 

O endereço é nobre, para conde nenhum botar defeito, o palco fica ali no coração do Leblon. E a inspiração primeira é de tirar o fôlego, pois o nome original, mantido no subtítulo, é Teatro Marília Pêra. A esfuziante deusa carioca, de temperamento dramático requintado, voltará a enfeitiçar nossas noites – o conceito da nova casa e a programação pretendida honram o tom mais elevado de criação cênica atribuído pela história ao Rio de Janeiro.

 

Portanto, aleluia, irmãos de cena, brindemos a chance de ver um teatro carioca fechado voltar a brilhar. Mais uma casa querida deixa de virar igreja, para congregar outros prazeres humanos arrebatadores.Mas não é só isto não. Vale comentar o caso sob alguns tons históricos. A iniciativa registra pela primeira vez desde 1986 (Lei Sarney) uma ação empresarial de grande repercussão a favor da cultura sem que os recursos estejam vinculados aos mecanismos de renúncia fiscal. Isto quer dizer: investimento direto de recursos próprios em benefício da sociedade.

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