Crítica do espetáculo Nem um dia se passa sem notícias suas Além das máscaras sociais e das armaduras protetoras cotidianas, vivemos enredados em um tecido delicado de sentimentos, uma espuma de sensações. Lembranças, vivências, alegrias, dores, machucados, dilaceramentos, perdas e choques se mesclam aí, participam da nossa definição, estruturam o que somos. Algumas dores são tão profundas que acabam construindo uma maneira de ser interior – e, se descuidamos, elas nos convidam para dançar, tomam o salão e não deixam espaço para mais nada. Reconhecê-las, aceitá-las e libertar-se é um grande desafio; a via de redenção pode ser um presente da arte, da poesia. Este percurso existencial impactante constitui a espinha dorsal do novo texto da dramaturga Daniela Pereira de Carvalho, uma obra delicada,…
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