Consumidor de arte, no Rio, sofre: uma ida distraída ao show de Marisa Monte
Tania Brandão
Posted on 9 de setembro de 2012
A decisão foi política – verificar como está a vida do público consumidor de arte no Rio de Janeiro. A escolha foi fácil – um show de música popular, categoria grande espetáculo, em que eu poderia me mover bem anônima, situação que não seria garantida em uma peça de teatro. Mas, diante do resultado assustador, fiquei com vontade de tentar um dia uma peça, tipo grande espetáculo, para verificar como andam as desventuras deste sujeito tão sofrido, o cidadão público de arte no Rio de Janeiro.
O primeiro passo, comprar ingresso: comodista ou moderna, não sei qual o adjetivo mais adequado, optei por comprar on line, grave pecado. A primeira dificuldade foi o enorme sucesso do show – a escolha era a de comprar os melhores lugares possíveis, dois assentos vips dos vips. E a itinerância pelas páginas e dias parecia não terminar. Não havia mais lugar bom que prestasse em qualquer dia, apesar da antecedência da compra: uau, que sucesso! Sem opção, a saída foi comprar dois lugares na mesa 421 do Vivo Rio. Agora, depois do show, preciso dizer – como o Vivo Rio tem coragem de vender tais lugares para alguém? São péssimos! Mas voltaremos ao tópico.
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