O teatro, o sonho e a revolução
Talvez você tenha um sonho de teatro. E, no seu sonho, o teatro transforme os homens, faça com que eles honrem a própria carne e a própria alma, se reconheçam como gente, esta coisa que todos são. Pois acorde, pare de sonhar agora, corra para o Teatro Ginástico: a sua vez chegou.
O Topo da Montanha, de Katori Hall (1981/), traz este teatro, o teatro eletrizante do seu sonho, para a sua vida. Sim, é o teatro de ideias capaz de sacudir a visão de mundo de todos e de cada um, mudar o eixo da existência. Não pense duas vezes, vá ver. Este espetáculo, você não vai esquecer jamais.
E se você se importa de verdade com a vida humana, prepare-se para chorar. Chorar muito. Chorar o choro do bem. A cena é emoção viva, um turbilhão afetivo em homenagem à luta histórica contra a desumanidade ocidental. Você nunca viu nada igual no palco, não pode perder!
E não pode perder também porque no palco está um ator chamado Lázaro Ramos, um daqueles seres sublimes que um dia os céus nos enviam para resgatar a pureza da nossa alma. Vertiginoso e delicado no seu desempenho, ele comanda a noite como se presidisse uma assembleia destinada a decidir os destinos do mundo – é um gigante de emoção e pensamento, um mago da sensibilidade, uma notável máquina humana de palavras e sensações.