Hino ao amor
Não sei se você sabe o que é, se já sentiu, se já foi emaranhado nesta inebriante qualidade de ser. Espero que sim. Espero que tenha sentido a cabeça voltear, sinos delicados soarem como se fossem dos céus, coração disparado, mãos trêmulas e absoluta mendicância no olhar. Os lábios hesitantes loucos para soltar as palavras mágicas: eu te amo.
Ah, você poderia dançar na calçada, chutar as poças d’água da chuva, rir da cara séria dos outros, ver passarinhos verdes voando alegres pelo ar. Você estaria em paz consigo, nenhuma cobrança, nenhuma reclamação, nenhum rancor – você estaria em estado de amor.