E os deuses nos deram Bibi
Um dia os deuses – todos os deuses – reunidos em assembleia olharam para a Terra de soslaio e sentiram uma pena absurda do Brasil. Rápidos, fizeram uma confraria, tomaram uma decisão fulminante, decidiram enfrentar nossos males e mandaram para cá, envolta na mais pura luz, uma deusa da humanidade absoluta. Bibi Ferreira nasceu.
De lá para cá, outra coisa ela não fez a não ser honrar a decisão dos deuses a nosso favor. Incansável, ela materializa a poesia, nos doa a crença no poder da arte, o amor aos valores mais sublimes da vida, o culto à delicadeza, a devoção ao belo, como se fosse obrigatório o gesto cotidiano de ser melhor, sempre.
Não foi em vão: agora, no Teatro Oi Casa Grande, temos todos a oportunidade áurea de celebrar a deusa. Bibi, uma vida em musical, é um espetáculo histórico, precioso, retumbante, um acontecimento exemplar na vida do palco do país. Em cena, há uma irresistível alquimia de história de vida, história, teatro, música, dança, circo, televisão. Tudo exposto no mais alto padrão teatral. Imperdível. Enfim, um alento oportuno para o nosso agora, quando estamos tão derrotados diante de nós.