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Sesc – ou o quê mantém o teatro livre

“Não sei qual a opinião do leitor – mas eu, de minha parte, penso que o teatro é um artigo humano de primeira necessidade, espécie de feijão com arroz da alma, uma atividade estruturante da sociedade e da personalidade do homem cidadão. É fundamental ter teatro, muito teatro. Contudo, a sociedade precisa querer, precisa desejar se mover, se transformar.

 

Olhe um homem tosco, bronco, mal acabado, ainda que poderoso ou escolarizado – ao que tudo indica, faltou teatro em sua vida. O remédio deve ser ministrado desde a mais tenra infância, lá na creche ou na casa da mamãe, e pode ser, nesta fase de aleitamento teatral, fruto de trabalho amador. Fantoches, marionetes, teatro de sombras, jogos teatrais, teatro-escola, teatro de papel crepom, tudo vale.

 

Desconfio que existem muitas pessoas que pensam assim, pessoas capazes de perceber que existe uma trajetória do humano na Terra e que esta trajetória precisa tratar sempre do aprimoramento da sensibilidade. São pessoas – pode verificar – dotadas de extrema devoção ao teatro. Para elas, o teatro integra a vida. Mas, atenção: isto não quer dizer que estas pessoas são simplesmente “gente de teatro”.

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