Sentimentos comuns, teatro de exceção
Evoé, São Paulo – e eis que uma brisa bandeirante vem da montanha decidida a varrer a nossa praia e demonstrar a superficialidade de nossa existência litorânea. O teatro paulista (ou paulistano?) pede passagem e não deixa pedra sobre pedra onde passa. Muito bom: uma das coisas boas da vida é o teatro denso, bom de ver. Em especial este teatro cotidiano, dialógico, de fino acabamento e excelente composição, que vem até nós para falar de coisas simples, a nossa condição rotineira, os desafios dos nossos pequenos dramas. Em resumo, o teatrão comercial demonizado pelos jovens e experimentais, que não está inventando a essência da vida, apenas deseja lidar com o valor imediato da arte na ciranda de todo dia.
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