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A volta da velha senhora

Eatenção, atenção! Ela voltou – e, quem sabe, parece que voltou para ficar. Sim, a comédia leve, airosa, divertida e inteligente, aquele teatro que os intelectuais empolados odeiam, a cara do Rio de Janeiro, saúda a cidade e pede passagem. O que vamos dizer à velha dama elegante? Seja muito bem vinda, fique à vontade, o Rio de Janeiro é seu, a nossa cena é sua. Já na saudação, vários problemas. Vale ir por partes.

 

Alguns sustentam que o alarido carece de motivo – a comédia não teria sumido nunca por aqui. Outros, mais atentos, sustentam que não é bem assim, nuanças delicadas bailam no ar: ela vegetava, lutava para sobreviver, cercada de desprezo por todos os lados.

 

De toda forma, vale passar os olhos e a inteligência pelos cartazes, pensar um pouco a sua dinâmica e decidir se é teatro o que queremos. Se a resposta é positiva, vamos lá: senhora, seja bem vinda, o teatro não pode viver sem a sua nobre presença, por favor fique por aqui – e bem instalada.

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