Para onde vai o teatro?
Na grande festa do Oscar, vi dois fatos retumbantes. Primeiro, uma busca para transformar o cinema em patrimônio do mundo, universal. Segundo, o esboço, muito palpável no teatro, mas que se espalha hoje um pouco por toda a parte, de transbordar a arte da cena para a plateia, um feito mais difícil no cinema, claro. Entendi, por isto, a fascinação oferecida por 1917.
Desconfio que transbordar signifique conhecer, saber a quem o fluxo criativo está se dirigindo. E esperar uma resposta. Nesta leitura, na cerimônia do Oscar, o discurso de Joaquin Phoenix, ao ganhar o trófeu de melhor ator, não foi um ato independente, isolado do contexto, antes realçou as cores de uma nova individualidade muito engajada nas razões do nosso tempo.