
Tapioca, rapadura e sonho
Imagine uma peça de teatro com sabor de carne de sol. Misture um pouco de tapioca, rapadura, seca, suor e sonho. E você terá Nordestinos, de Walter Daguerre, um pedaço quente do sertão, o coração, em cena no Teatro Sesi. Trata-se de uma comédia sentimental deliciosa, irresistível, bom programa também para os daqui, os que se comovem com a riqueza cultural do Brasil. Corra para ver.
A proposta simples, mas contundente, se estrutura de forma inovadora, segundo o ideário do seu idealizador, Alexandre Lino, pois pretende ser crua realidade transformada em ficção, pretende fazer poesia da vida. Trata-se de sua quarta produção concebida nesta chave, depois de Domésticas, O Pastor e Acabou o Pó. Agora, a dramaturgia foi tecida como uma renda de vivências e teatro, a partir de relatos verdadeiros – cartas, e-mails e entrevistas de diversos nordestinos emigrados para o Rio de Janeiro – e vários truques da arte.
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