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Beija-Flor campeã!

 

Acabou mais um Carnaval, mas este ano não vai ser igual àquele que passou: tradições vão rolar, vão fazer com que a maior festa popular do país conheça uma virada histórica. Frase polêmica? Discordo – graças ao desfile da Beija-Flor de Nilópolis, nunca mais seremos os mesmos. Uma escola de samba conseguiu fazer uma revolução nas nossas vidas. Lá no céu, Joãozinho Trinta está se acabando de sambar. E de rir.

 

É bom, de saída, deixar bem claro o campo da discussão. Não sou Beija-Flor. Quer dizer, não era – desconfio que larguei a minha escola do coração, Unidos do Vira-Folha, e me tornei Beija-Flor desde o final do desfile da Beija-Flor este ano. Mas, de toda forma, tudo o que aconteceu comigo não foi deliberado, não foi uma paixão cristalizada em mim, não foi uma atitude preconcebida. Não esperava ver o que eu vi, nem reagir assim.

 

Não fui para a avenida este ano. Apesar de algumas oportunidades, resolvi não desfilar em qualquer escola; no ano passado, saí na Portela. A saúde um pouco hesitante, a canseira por excesso de trabalho, o medo de andar nas ruas da minha cidade se uniram para me jogar na frente da televisão. Sim, eu vi a transmissão dos desfiles pela TV Globo, zapeei no Sambarazo e no face. Sei que isto é ruim, limita a minha visão dos fatos. Mas foi deste lugar que acompanhei a maratona.

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