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O tempo não dá tempo: dá teatro

 
Otempo não dá tempo: passou o Natal, aterrissou o Ano Novo e o Carnaval está na soleira da porta. E o teatro? Muitas carpideiras cênicas esbravejam e lamentam viver em tempos sombrios de pura decadência da arte. Não sou deste bloco. Francamente, o ano de 2017, apesar de todos os revezes, deixou de herança um teatro denso, inquieto, multifacetado, fruto de muito trabalho e de dedicação. Não, não foi um ano podre. E 2018 promete.

 

Apesar dos pessimistas, pródigos em cantos elegíacos e lamentações, pessoalmente vi muita garra, muita força e muito trabalho de qualidade no palco que passou. Incontáveis vezes saí do teatro feliz. E foram tantas vezes, tantas e tantas, que a memória sombria das peças ruins acabou esfumada. Nos debates para as premiações, penso que esta riqueza tem aparecido e se afirmado.

 

Pois chegou o tempo de comemorar: esta semana teremos a oportunidade de conhecer os melhores do ano para o Prêmio Cesgranrio de Teatro. Os nomes vencedores serão anunciados hoje, terça-feira, na festa da premiação, sempre bela e agradável, no Copacabana Palace. Uma noite de confraternização – tão breve tempo – fará a alegria de muitos batalhadores da cena.

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